Uma Vida com Propósitos

Sobre o paraíso

Posted on: julho 23, 2009

Sendo bem sincera eu nunca pensei na eternidade, ou melhor, no paraíso. Acho que durante toda a minha vida eu imaginei muito mais em como seria o inferno e porque eu não queria ir para lá, do que nas maravilhas que me esperam no céu. Sinal amarelo: a religião da culpa e do medo me pegou muito mais forte do que a baseada no amor.

“Você tem o impulso inato de ansiar pela imortalidade” Ai sim eu me reconheço. Apesar de não me achar “digna” de ficar sonhando com paraísos (fora os artificiais), eu sempre fiquei encucada com a questão da finitude da vida. Porque se tudo se resumisse ao tempo que temos aqui, não faria o menor sentido. Mesmo nos meus momentos mais incrédulos eu tinha certeza que algo antes ou depois haveria de ter, sendo em um plano mais evoluído, melhor ainda.

Quando eu disse que esse post seria curto, não é pela “correria da semana”, também vai, mas essencialmente porque eu ainda não tenho uma visão clara do que me espera e sempre tentei andar na linha (na linha tênue do que eu considerava certo e a sociedade aceitava) porque tinha medo do castigo, que sempre vem (ação e reação) quando agimos de forma inconsequente, seja externa ou internamente.

Mas estou tentando inverter a ordem das minhas prioridades e pensamentos, no lugar de ter medo de ser castigada (isso, tenho certeza, vem da minha infância, porque minha mãe era muuuito severa) vou imaginar a vida em graça que me acolherá, se eu for digna, é claro.

Confesso: encarei esse capítulo com muito distanciamento, muito muito muito. O que é uma pena e terei que voltar nele. Os atos dessa vida definem o que eu serei a médio prazo. E a longo, é isso que tenho de aprender.

2 Respostas to "Sobre o paraíso"

Oi Talita

Confesso que já tinha lido outros textos seus antes… mas de maneira um pouco superficial… até por causa um pouco da correria do dia a dia. Mas esse texto atual me fez pensar em algumas coisas que geral a gente pensa, por exemplo.

Primeiro eu queria destacar que voce escreve muito bem… e eu entendi tudo que voce disse.

E sobre o “paraíso” eu pensei que a gente sempre – ou quase – vai imaginar o paraíso como “oposição” ao “outro lado”. As vezes a gente não tem muito a visão do que nos espera por a gente mesmo pensar e viver o hoje, até porque o “amanhã” não pertence a gente.

Talvez por vivermos numa sociedade muito imediatista onde a “reação” virá no segundo seguinte é que adiamos pensar em coisa futuras, ou no máximo na semana próxima. Por isso que “Pais e filhos” nunca vai deixa de ser cantado. As vezes passamos mais tempo tentando escapar do que é ruim do que tentando chegar à uma coisa boa, de modo consciente ou não.

Resumindo: o lugar distante que a gente busca está dentro da gente.

Um abraço

Bom… cá estou (de novo).
Esse texto da Talita é um dos que mais gosto. Porque é muito sincero e intenso. E, de certa forma, resume o que quase todos nós sentimos, certo? Por exemplo, temos a mania boba de achar que a vida só é issoaquieagora. Mas não… Deus tem mais para nós.
Beijos.

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  • Juliana Barduchi: Lindo! Muito abençoador! . ... Meu maior desejo é abandonar minhas “grandes idéias” e saídas, minhas próprias soluções. Para SEMPRE Caminh
  • Sara: Fazer com que o prazer dEle esteja na frente do nosso, é complicado... Mas não impossível, como estamos provando para nós mesmas diariamente! Bjs
  • Sara: Eu entendo, Nathalie! E espero que tanto eu, quanto você e todos os leitores desse blog possam fazer DEUS sorrir com nossos atos. ;) Beijos.

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