Uma Vida com Propósitos

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“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento.”

Eu me sinto tocada por esse versículo sempre que o leio, mesmo sabendo que o amor de Deus é muito maior do que tudo o que já senti. Amar a Deus com o meu entendimento é um desafio, não porque ele não mereça, mas porque eu teimo, às vezes, em colocar questões onde a minha compreensão não pode chegar. Mas ultimamente esse lado “relativista vazio” está dando espaço para a visão das coisas que Ele tem feito e sempre fez na minha vida e ao meu redor. É como se caísse um véu ou uma cera que tampassem os meus olhos e ouvidos para os fatos dEle. 
 
Tanto é, que cheguei a conclusão de que Fé é a certeza de que não ser do meu jeito é ótimo, visto que Ele tem algo muito melhor para realizar. E isso eu aprendi desde pequena, quando ele agia milagrosamente para fazer os meus dias mais felizes. Nos dias atuais Ele pinta pôr-do-sol, Ele compartilha pessoas amadas, Ele me mostra que eu não estou sozinha, nunca. E eu, o que faço para lhE agradecer? Para lhE fazer sorrir?

Lembro de uma cena linda em Ushuaia: estava descendo a montanha em uma cadeira de teleférico, havia nevado muito, as montanhas estavam completamente cobertas com o manto branco, as árvores secas se destacavam, um riacho corria lá embaixo e uma fresta de sol aparecia no horizonte em meio a nuvens carregadas, iluminava toda a cena. O vento forte sensibilizadava meus ossos, tenho a impressão que tudo silenciou e era tão bonito e tocante aquilo, era tão imprevisível, tão absurdo, tão… divino.  Eu fiquei quase sem palavras, tão emocionada e  grata por poder viver aquele momento, que escorreu uma lágrima. Comentei com a Ana – amiga que Deus colocou no meu caminho para me acolher naquele lugar tão frio-, que eu não conseguia conter as lágrimas e queria agradecer a Deus por tudo aquilo. Então nós duas agradecemos chorando.
“Cada ato de prazer se torna um ato de adoração quando você agradece a Deus por ele”.
 
Mas eis que surge a parte mais difícil do caminho, digo, do capítulo: ” Ele (Noé) obedeceu a Deus incondicionalmente. Isso significa fazer qualquer coisa que Deus lhe pedir, sem duvidar, nem hesitar.” Mas, mas, mas… mas nada! A compreensão pode esperar, mas a obediência não”. E mesmo não tendo esse versículo, ele ficou ecoando na minha cabeça: “a Fé sem obras é morta”.

E eu tenho que ousar fazer Deus mais feliz nesse ano, só assim poderei ser verdadeiramente mais feliz. Esse tem que ser o meu lema, o meu escudo, a minha base, o meu norte… Simples assim. Eu sei que não é tão simples, nem será fácil. Perco o foco, não me concentro e, muitas vezes, fico muito envergonhada quando isso acontecesse. como uma menina boba tento me esconder dEle, não pensando sobre, não orando, tentando ocupar minha cabeça com qualquer bobagem, que distraía meu coração apertado, muitas vezes sendo bem cruel comigo mesma ou “caridosa” demais…rs “Ele o ama e preza a cada estágio do seu desenvolvimento espiritual… Pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó.” (Sorrisinho de “foi mau, mas me abraça” no rosto, depois de ler isso ;))
 
E fico tão feliz desse processo de transformação ser tão intenso e ainda assim gradativo. Porque não me imagino “convertida” da noite para o dia, sinto que Ele está me educando, me fazendo refletir sobre o que quero para a minha vida, sobre o que é a minha vida. Enfim, o livro já diz: propósitos.

Como diz um poema do Neruda “A luta será dura, a vida será dura, mas tú virás comigo“.

“Um dos maiores dons que Deus lhe deu foi a capacidade de apreciar o prazer… O motivo pelo qual você pode sentir prazer é que Deus o fez a sua imagem.”
Esse parágrafo é libertador, porque lembra que nós somos humanos porque Deus quis e nos fez assim. Não somos um erro, não somos um tropeço na criação, nós somos o que há de mais próximo (mesmo muito distante) do Criador. Não devemos ser indiferentes aquilo que sentimos, Deus não nos quer frios, mas pulsantes, a questão é, em que direção essa pulsação deve ser direcionada… “Dar satisfação a Deus, vivendo para o seu prazer, é o primeiro propósito de sua vida”. O que desperta prazer em Deus? O que é belo para ele? O que o toca? Muitas e muitas questões vieram a minha mente nesse momento.
 
Adoração é a resposta.
Mas banalizamos tanto essa palavra que fica difícil pensá-la e sentí-la com intensidade. Eu devo dizê-la umas dez vezes por semana: adoro sushi, adoro essa música, adoro o seu cheiro, adoro… e não adoro nada disso de fato, literalmente. Eu gosto, mas sem tanta profundidade. Como rescuperar o sentido da adoração e direcioná-la a Deus? Como tornar isso um estilo de vida? Honrá-lo nos meus atos e pensamentos é uma forma de demonstrar que eu adoro tudo o que ele é na minha vida e valorizo muito isso. Mas, há sempre um mas, eu sou tão imperfeita sabe?

Eu não só banalizo a palavra adoração, como também a palavra prazer e isso é um grande erro e problema, porque em primeiro plano deve estar o prazer de Deus e não isso que eu considero bom/divertido. Ponto delicado. Talvez por isso tenha demorado tanto para escrever sobre esse capítulo, ele me faz pensar e tocar em um lado muito forte da minha personalidade: o hedonismo. Racionalmente eu sei que o prazer Dele é muito mais importante que o meu, mas e na prática neguinha? Na prática eu sou super apegada a tudo o que me desperta satisfação. 
 
Para eu não desanimar enquanto não alcanço o que considero “ideal”, acalento meu espírito lembrando que  “O coração de Deus não é tocado pela tradição na adoração, mas pelo empenho”. E colocando mais sentimento no que eu faço a cada dia, afinal: ” Tudo o que fizerem, façam com todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens”. Mesmo que, muitas vezes, a minha vontade seja de ligar o automático e fazer por fazer (o que não tem o menor sentido, visto que estou gastando o pouco tempo que tenho com aquilo). Fazendo da minha vida diária uma rotina menos banal, selecionarei melhor minhas “ocupações” e, acredito, utilizarei melhor as oportunidades que Deus me deu. Como a escrita, que hoje está meio truncada…rs
 
Por último, quero me apaixonar perdidamente por esse cara que nos deu a maior prova de amor. Aos poucos, aos poucos… Não… Avassaladoramente.rs

Falando em Amor, ele é importante Pô! Rá!

“A vida é uma viagem, pena eu estar só de passagem” Leminski. Essa foi a primeira coisa que veio na minha cabeça ao pensar o que a vida representa para mim. Tanto é que eu invisto tempo e dinheiro em aproveitar momentos, conhecendo lugares e sabores, muito mais do adquirindo produtos. Mas essa, mais uma vez, não é uma viagem a passeio, mas sim a trabalho, ou melhor, de aprendizado. E é isso que eu tenho de encarar e me preparar a cada dia para tirar o melhor proveito de toda experiência.

Não posso mais gastar meu tempo buscando só os prazeres que cada novo dia reserva, não posso mais ser tão banal, Deus me chama e isso fica muito claro nos detalhes dos meus dias. “…deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês”. Ele hoje falou muito sério comigo através da pregação do pastor da Vineyard. Tendo como foco explicar o que é a igreja (nós), ele contou sobre três milagres que Jesus fez e estão no livro de Lucas (5, 7 e 20, se não me engano). No primeiro Jesus cura um leproso – ou seja, nós como igreja devemos acolher aqueles que são considerados imundos. No segundo, ressucitava o filho de uma viúva – NÓS, COMO MEMBROS DO CORPO DE CRISTO PODEMOS LEVAR A VIDA AQUELES QUE ESTÃO DESACREDITADOS, A FÉ EM CRISTO É MUITO MAIS FORTE DO QUE QUALQUER LAUDO MÉDICO. No terceiro, Jesus cura um soldado que Pedro havia agredido com uma espada – NÓS, AS VEZES, FERIMOS OUTRAS PESSOAS, E, COMO IGREJA DEVEMOS CUIDAR DESSAS FERIDAS, TRATÁ-LAS, SEJA QUAL FOR A ESPADA COM A QUAL AGREDIMOS O PRÓXIMO.

Deus respondeu de forma clara e direta nessa pregação duas questões que estão me deixando aflita e eu fiquei muito sensibilizada e surpresa com isso. Não sei como responderei a esse “empurrão” ainda, só sei que não ficarei parada, que Ele guie os meus passos e me use como seu instrumento. “mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar.”

Nesse capítulo também destaquei duas coisas que me nortearão nessa caminhada: “Os que recebem em confiança algo de valor devem demonstrar que são dignos de tal confiança” e “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes” Além de engolir a seco e relembrar que tudo o que eu tenho vem de Deus, logo não tenho porque me vanglorear, mas sim, agradecer a cada dia pelos dons, oportunidades, relacionamentos e, principalmente, pela vida, que parece, sinceramente, cada vez mais desinteressante “da forma como está”. Eu nunca pensei que diria isso, mas eu preciso de um sentido para viver e não tenho como encontrá-lo sozinha, não há realização individual que me trará isso, por melhor que seja. Os momentos em que eu me sinto mais plena são quando eu exercito o amor e isso nada tem a ver com o corpo.

Tem uma música do Hermes Aquino que é uma das coisas mais bonitas que já ouvi e serviria perfeitamente para embalar esse capítulo, chama-se Nuvem Passageira:  

Preciso, vez em quando, relembrar a leveza dessa música, que por uma coincidência, é trilha sonora de um filme chamado “De passagem”.
 
“Aqui não é seu lar permanente, nem seu destino final. Você só está de passagem, apenas visitando…” Tá, tudo bem, isso não é um grande problema, mas o “… então não fique apegado”, me parte o coração, mesmo. E todos os meus amigos, amores, sabores, a mafalda de toy art, o meu emprego, as matérias que escrevo, os lugares que conheço…? Eu me apaixono por eles sempre que revejo, mesmo odiando vez em quando alguns deles.rs Mas, eu sei, não posso me apegar a isso de uma forma vital porque nem tudo (talvez) eu terei quando viver com Deus (eu ainda não consigo me familiarizar com a idéia de paraíso). “Os que têm um contato frequente com as coisas deste mundo devem usá-las corretamente sem criar apego; pois este mundo e tudo que está nele passarão.” E eu, passarinho 🙂
 
“É fácil esquecer que a vida não consiste em perseguir a felicidade” Ainda mais quando você está em um mundo onde “a gente é obrigado a ser feliz”, literalmente, se não você não se encaixa no padrão “comercial de margarina” de vida, se não você é uma pessoa com problemas, que deve ser excluída e não tem boas energias… A felicidade, mesmo que ninguém saiba o que ela significa de fato, toma o lugar de Deus e é a solução de todos os males do mundo. Eu estava lendo até pouco tempo um livro que contava a história desse conceito e é a modernidade que impõe essa obrigatoriedade, o que me faz questionar: como as pessoas viviam antes? Elas viviam, simples assim, experimentando momentos bons e ruins, como nós, mas não encarando isso pelo ângulo dos livros de auto-ajuda.
 
“Valores eternos, e não temporários, se tornariam fatores determinantes em suas decisões” Sabe quando a gente (milagrosamente) abre mão de um prazer imediato por um bem maior a longo prazo? É isso que eu preciso aprender. A vida não é só o aqui e agora. A minha vida em Cristo não. “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” Amém.

Sendo bem sincera eu nunca pensei na eternidade, ou melhor, no paraíso. Acho que durante toda a minha vida eu imaginei muito mais em como seria o inferno e porque eu não queria ir para lá, do que nas maravilhas que me esperam no céu. Sinal amarelo: a religião da culpa e do medo me pegou muito mais forte do que a baseada no amor.

“Você tem o impulso inato de ansiar pela imortalidade” Ai sim eu me reconheço. Apesar de não me achar “digna” de ficar sonhando com paraísos (fora os artificiais), eu sempre fiquei encucada com a questão da finitude da vida. Porque se tudo se resumisse ao tempo que temos aqui, não faria o menor sentido. Mesmo nos meus momentos mais incrédulos eu tinha certeza que algo antes ou depois haveria de ter, sendo em um plano mais evoluído, melhor ainda.

Quando eu disse que esse post seria curto, não é pela “correria da semana”, também vai, mas essencialmente porque eu ainda não tenho uma visão clara do que me espera e sempre tentei andar na linha (na linha tênue do que eu considerava certo e a sociedade aceitava) porque tinha medo do castigo, que sempre vem (ação e reação) quando agimos de forma inconsequente, seja externa ou internamente.

Mas estou tentando inverter a ordem das minhas prioridades e pensamentos, no lugar de ter medo de ser castigada (isso, tenho certeza, vem da minha infância, porque minha mãe era muuuito severa) vou imaginar a vida em graça que me acolherá, se eu for digna, é claro.

Confesso: encarei esse capítulo com muito distanciamento, muito muito muito. O que é uma pena e terei que voltar nele. Os atos dessa vida definem o que eu serei a médio prazo. E a longo, é isso que tenho de aprender.

Confesso: Esse foi o capítulo mais difícil de encarar até aqui. Porque de duas uma: ou eu era regida pelo materialismo ou pela necessidade de aprovação. A primeira opção eu descartei ao lembrar que, de fato, não acumulo bens, mas sim momentos bons, e isso sempre foi prioridade. Sou uma hedonista, assumo, e sei que isso não deve agradar muito a Deus, visto que procuro milhões de formas de dar prazer a minha “carne” e, sempre que possível, ao meu espírito juntamente (viagens, arte, músicas bonitas…). Mas a segunda opção, buscar a aprovação dos outros, por mais que eu não admita e tente me desvincular dessa imagem, no fundo no fundo eu morro de medo de frustrar as expectativas de algumas pessoas que estão a minha volta e de dar o “enorme prazer de me ver chorar” para outras que não são tão importantes (mas acabam sendo). Isso acaba me desgastando muito, porque não basta ser boa, tem que ser supreende, entende? E é difícil tocar nessa ferida, encarar a minha vida de uma forma mais leve, respeitando o meu ritmo, que é acelerado, mas não o impulsionando ainda mais. Uma hora a gente cai de cama, literalmente. E lembra que nada acontece por acaso.

Ao mesmo tempo eu lembro das palavras do pastor que escreveu o livro naquela apresentação do TED “Deus fica muito feliz quando nós somos nós mesmos. E ele diz ‘essa é a minha menina'”. Isso me toca porque tenho certeza que durante essa minha caminhada no jornalismo Deus deve ter pensando isso algumas vezes, provavelmente nos momentos que eu senti gratidão imensa pelas oportunidades únicas que ele me deu e continua me dando. Porque posso até não ter foco (e esse é um mal que preciso vencer), mas sei-sinto-penso-creio que a escrita é o que tenho de mais especial, e poder aperfeiçoá-la na prática é uma dádiva na minha vida. Outra coisa que me tocou muito foi o versículo “…pelo seu grandioso poder operando em nós (Deus) é capaz de fazer muito mais do que nós jamais ousaríamos pedir ou mesmo imaginar, infinitamente além de nossas mais sublimes orações, anseios, pensamentos ou esperanças” Efésios 3.20. Amém.

Um estilo de vida mais simples é tudo o que eu preciso. 🙂

E para encerrar, não posso esquecer que “Esta é a verdadeira alegria da vida: ser usado por um propósito reconhecido POR VOCÊ MESMO como digno.”

Eu sempre gostei de analisar a vida pelas sincronicidades que “cruzavam o meu caminho”. Era óbvio que aquilo tudo não era por acaso, mas, a questão é, onde eu me encaixo nisso? Deus, em várias etapas da minha vida, ou melhor, nas etapas mais importantes, fez questão de mostrar-se presente de formas extraordinárias, não deixando nunca eu esquecer que Ele é o meu pai e um Deus de amor, mesmo quando eu estava em guerra comigo mesma. Aos olhos externos os fatos que para mim foram marcantes e irrefutavéis milagres, podem parecer quase banais. Mas foram experiência incríveis de fé e fidelidade. Mesmo quando essas duas palavras não faziam parte do meu vocabulário diário.
 
Lembro a pré-adolescência, quando meu pai estava desempregado e eu me sentia péssima na minha própria pele, sendo bolsista do Colégio Adventistas, mas não tendo, óbvio, as mesmas roupas e vida das outras meninas. Eu  queria muito ir no passeio para o Hopi Hari (recém inaugurado), mas não tinha, nem em sonhos, os R$ 40 necessários. Eu lembro que eu oreio, jejuei… e achei R$ 50 no bolso de um casaco da Camila, filha da Neide, num dia que fui trabalhar com a minha mãe. Eu lembro que olhei para a nota e senti uma esperança incrível de que “ela pudesse me salvar”. Dei para minha mãe, que deu para a Camila, que ficou feliz e só. Eu não ganhei nada por ter sido honesta. E faltava poucos dias para o passeio, que aconteceu sem mim, que chorei chorei, chorei e chorei… No outro dia, não tinha a menor vontade de ir para o colégio, mas hora ou outra teria de encarar os comentários sobre o “fantástico passeio”, que, fui saber durante as aulas, nem foi assim tão bacana, porque choveu, choveu muuuito a tarde. O temporal inesperado garantiu para TODOS os alunos do colégio uma ida gratuita ao Parque, em um LINDO dia de sol. Quando eu ouvi o anúncio feito pela diretora, fiquei absolutamente comovida, porque eu sabia que aquele era um presente do meu Pai e que eu ainda poderia compartilhá-lo com todas as minhas amigas, inclusive as que, como eu, não tinham dinheiro (até hoje eu me emociono ao lembrar disso).
 
Mas onde Ele, que sempre esteve comigo, quer que eu esteja? É essa a questão que fica na minha cabeça quando termino o capítulo. Eu sei que não fui um acidente, mesmo meus pais não tendo me planejado, mesmo eu tendo chegado pelo menos duas semanas antes do previsto pelos médicos, mesmo com todas dificuldades que eles (e principalmente ela, a mama) encarou por conta da minha presença. E por isso mesmo não quero que a minha vida seja tão sem sentido, pouco sentida, entende?

Eu ainda lembro daquela noite de temporal, na estrada, entre o Rio de Janeiro e Angra dos Reis, não era possível avistar quase nada, só os caminhões que passavam a toda velocidade ao lado do carro em que eu e a fotógrafa estávamos. Não havia mais diálogos, nem a música do rádio, era só a nossa respiração tensa. As curvas começaram e a chuva não parou.

Antes de sair de Búzios, já sabendo o que nos esperava, pedi para aquelas que sempre intercendem por mim, que o fizessem. Eu não fiz. Porque eu e Deus há muito tempo não tínhamos um diálogo sincero. Não que meu coração não fosse grato pelos dias de sol em paraísos naturais que ele havia me proporcionado, mas eu tinha um nó na garganta que me impedia de dizer muito mais do que “Obrigada, muito obrigada”.

Mas naquela noite, a cada mínima derrapada do carro, eu lembrava de tudo o que não tinha dito e vivido, e meus olhos se enxiam de lágrimas. Com o coração apertado fechei os meus olhos e pedi com toda a minha fé que Ele me permitisse viver os planos que tinha para minha vida. Naquele momento não importava mais apenas terminar a viagem, mas sim, começar ou re-começar a obra que Ele tinha para mim. E foram exatamente essas palavras que eu repiti durante alguns minutos. E foram essas palavras que antecederam mais um milagre dEle na minha vida.

Quando eu abri os olhos a pista estava seca, os caminhões haviam sumido e não caia mais uma gota d’água do céu. Deus havia ouvido o meu clamor e, mais uma vez, me dava uma chance de viver os seus sonhos. Ali eu tive a certeza de que Ele tinha um propósito para a minha vida. E é por isso que eu fui atrás desse livro. E é por isso que eu quero compartilhar com você essa experiência e reflexão.

“Todas as coisas foram criadas nele e nele encontram propósito.” Colossenses 1.16

“A expectativa média de vida nos dias de hoje é de 25 550 dias. Esta deverá ser a duração de sua vida se você for uma pessoa típica. Você não concorda que seria sábio reservar 40 desses dias, a fim de compreender o que Deus quer que você faça com o resto deles?”
(Uma vida com propósitos, pág. 9)

Nós sim. E queremos compartilhar com você essa experiência.

Para saber mais, veja:



  • Nenhum
  • Juliana Barduchi: Lindo! Muito abençoador! . ... Meu maior desejo é abandonar minhas “grandes idéias” e saídas, minhas próprias soluções. Para SEMPRE Caminh
  • Sara: Fazer com que o prazer dEle esteja na frente do nosso, é complicado... Mas não impossível, como estamos provando para nós mesmas diariamente! Bjs
  • Sara: Eu entendo, Nathalie! E espero que tanto eu, quanto você e todos os leitores desse blog possam fazer DEUS sorrir com nossos atos. ;) Beijos.

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