Uma Vida com Propósitos

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento.”

Eu me sinto tocada por esse versículo sempre que o leio, mesmo sabendo que o amor de Deus é muito maior do que tudo o que já senti. Amar a Deus com o meu entendimento é um desafio, não porque ele não mereça, mas porque eu teimo, às vezes, em colocar questões onde a minha compreensão não pode chegar. Mas ultimamente esse lado “relativista vazio” está dando espaço para a visão das coisas que Ele tem feito e sempre fez na minha vida e ao meu redor. É como se caísse um véu ou uma cera que tampassem os meus olhos e ouvidos para os fatos dEle. 
 
Tanto é, que cheguei a conclusão de que Fé é a certeza de que não ser do meu jeito é ótimo, visto que Ele tem algo muito melhor para realizar. E isso eu aprendi desde pequena, quando ele agia milagrosamente para fazer os meus dias mais felizes. Nos dias atuais Ele pinta pôr-do-sol, Ele compartilha pessoas amadas, Ele me mostra que eu não estou sozinha, nunca. E eu, o que faço para lhE agradecer? Para lhE fazer sorrir?

Lembro de uma cena linda em Ushuaia: estava descendo a montanha em uma cadeira de teleférico, havia nevado muito, as montanhas estavam completamente cobertas com o manto branco, as árvores secas se destacavam, um riacho corria lá embaixo e uma fresta de sol aparecia no horizonte em meio a nuvens carregadas, iluminava toda a cena. O vento forte sensibilizadava meus ossos, tenho a impressão que tudo silenciou e era tão bonito e tocante aquilo, era tão imprevisível, tão absurdo, tão… divino.  Eu fiquei quase sem palavras, tão emocionada e  grata por poder viver aquele momento, que escorreu uma lágrima. Comentei com a Ana – amiga que Deus colocou no meu caminho para me acolher naquele lugar tão frio-, que eu não conseguia conter as lágrimas e queria agradecer a Deus por tudo aquilo. Então nós duas agradecemos chorando.
“Cada ato de prazer se torna um ato de adoração quando você agradece a Deus por ele”.
 
Mas eis que surge a parte mais difícil do caminho, digo, do capítulo: ” Ele (Noé) obedeceu a Deus incondicionalmente. Isso significa fazer qualquer coisa que Deus lhe pedir, sem duvidar, nem hesitar.” Mas, mas, mas… mas nada! A compreensão pode esperar, mas a obediência não”. E mesmo não tendo esse versículo, ele ficou ecoando na minha cabeça: “a Fé sem obras é morta”.

E eu tenho que ousar fazer Deus mais feliz nesse ano, só assim poderei ser verdadeiramente mais feliz. Esse tem que ser o meu lema, o meu escudo, a minha base, o meu norte… Simples assim. Eu sei que não é tão simples, nem será fácil. Perco o foco, não me concentro e, muitas vezes, fico muito envergonhada quando isso acontecesse. como uma menina boba tento me esconder dEle, não pensando sobre, não orando, tentando ocupar minha cabeça com qualquer bobagem, que distraía meu coração apertado, muitas vezes sendo bem cruel comigo mesma ou “caridosa” demais…rs “Ele o ama e preza a cada estágio do seu desenvolvimento espiritual… Pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó.” (Sorrisinho de “foi mau, mas me abraça” no rosto, depois de ler isso ;))
 
E fico tão feliz desse processo de transformação ser tão intenso e ainda assim gradativo. Porque não me imagino “convertida” da noite para o dia, sinto que Ele está me educando, me fazendo refletir sobre o que quero para a minha vida, sobre o que é a minha vida. Enfim, o livro já diz: propósitos.

Como diz um poema do Neruda “A luta será dura, a vida será dura, mas tú virás comigo“.

“Um coração fiel a Ti, isso eu tenho para te oferecer. Entrego-me a Ti, Senhor Jesus, no Teu Altar…”
(Coração Fiel – Ministério Koinonya de Louvor)

Com a leitura dessa livro, tudo o que mais tenho percebido é que Deus não quer muita coisa de mim, o que Ele quer é que eu entregue meu coração a Ele, que eu confie plenamente nEle e que eu possa, enfim, por em prática tudo o que durante anos e anos aprendi.
Deus me ama infinitamente, mais do que eu posso imaginar, prova disso? Aqui: “Deus enviou seu filho amado, para salvar e perdoar. Na cruz, morreu por meus pecados, mas ressurgiu e vivo com o Pai está, porque Ele vive, posso crer no amanhã! Porque Ele vive, temor não há, mas eu bem sei, eu sei que a minha vida, está nas mãos do meu Jesus, que vivo está!”. Essa canção, durante anos fez parte do repertório dominical da igreja e hoje ela tem muito mais significado para mim! 🙂

Posso confiar em Deus?
Confiança é essencial para a rendição. E, como aprendemos, rendição é a palavra. Mas render-se a Ele, não quer dizer que vamos perder a batalha. Render-se a Deus quer dizer que entregamos nossa vida a Ele e deixamos Ele agir.
Para me render a Deus, no entanto, preciso confiar 100% nEle. São duas coisas que estão ligadas: não conseguirei me render, se não confiar nEle. E para confiar em Deus, preciso conhecê-Lo melhor. Para isso, preciso ter/crer no verdadeiro amor (Deus) que lança fora todo medo.

Provas de que Ele é o cara? E que podemos confiar nEle?
– “O SENHOR é bom para todos” – Salmo 145:9
– Todos, simplesmente, TODOS os meus caminhos são conhecidos por Deus – Salmo 139:3
– Sou tão importante pra Deus e que Ele conhece cada detalhe meu, até os fios do meu cabelo são contados por Ele, nada passa despercebido aos olhos de Deus – Mateus 10:30
– Me dá abundância em todas as coisas, para que eu possa ter prazer nelas, mas também saber que meu coração está nEle e não nos prazeres desse mundo – 1 Timóteo 6:17
– Deus conhece os planos que tem para nós, planos de prosperidade, não são planos ruins que nos farão sofrer… E sim planos que nos darão esperança e um futuro bom! – Jeremias 29:11
– Deus é bondoso e perdoador – Salmo 86:5
– Ele tem uma paciência do TAMANHO DO MUNDO comigo – Salmo 145:8

“Deus não é um ditador cruel”, essa parte é simplesmente fantástica. Porque, ao contrário do que o mundo pode pregar, Deus não quer nos fazer escravos e servos que não têm intimidade alguma com Ele. Deus não prende e manipula, Deus, de uma forma gentil, nos atrai para o amor e liberdade dEle.
Não sou dona de mim, mas não sou uma marionete… E aí? A partir do momento que lembro quais são minhas limitações e as reconheço, lembro que preciso e devo confiar plenamente em Deus e se eu fizer isso, conseguirei me render a ponto de sentir e viver os planos de paz que Ele tem para mim.

Uma das partes mais bacanas do livro, sabe… é uma que fala que Deus não quer robôs, ou seja, Ele sabe quem sou e o que faço de bom nessa vida, sabe quais são minhas limitações, sabe no que sou boa, sabe que me deu dons e talentos e sabe que ultimamente não tenho lá feito o melhor que posso e devo para servir. Deus sabe de tudo isso. Deus não quer que eu deixe de viajar, de escrever, de ler, de cantar, de sonhar, de amar, de ser… Ele quer que eu use o que me deu, para o favor e a causa do Reino dEle… E, pensa… Isso (no meu mundinho) sempre foi muito difícil. Mesmo sabendo que o maior sacrifício de amor já foi realizado na cruz, mesmo sabendo que eu, simplesmente, não tenho do que reclamar e que eu sinto o cuidado diário de Deus na minha vida. Não é uma vez ou outra, não. Deus sempre prepara um milagre para mim…

Quando estou muito triste com alguma coisa que o Tiago fez (ou não fez) para mim, Deus recolhe minhas lágrimas e toca naquele coraçãozinho de pedra, rs, e faz ele chegar em casa com o sorriso mais lindo do mundo, ele diz que me ama e que vai sempre cuidar de mim. Eu choro e, se estiver TemPeraMental, faço drama, mas Tiago vira e fala que me ama pra sempre e que não tem jeito: estaremos sempre juntos.
Quando eu já não tenho muita vontade de ir trabalhar, quando começo a achar que meu tempo aqui ou ali já acabou, Deus vai lá e me dá uma coisa a mais para cuidar. Foi assim com o IIGD, quando eu já estava muito chateada e cansada, quase terminando a faculdade e achava que era uma péssima profissional, Deus confiou em mim, Ele me mostrou que eu era capaz de cuidar da TV e que todos os caminhos árduos que eu já havia passado lá na RIT, como estagiária em áreas que nem tinham a ver com o jornalismo, eram apenas estágios que eu DEVERIA passar… para conseguir receber o sobrenatural de Deus, para que hoje eu pudesse saber fazer o que faço.
Se fosse contar cada detalhezinho que Deus cuida para que eu seja feliz e veja o quanto Ele me ama… esse post ficaria muito maior.

“Pessoas que se entregaram a Cristo obedecem à Palavra de Deus mesmo que ela não faça sentido…”
“Render-se é um trabalho árduo. No nosso caso, é uma intensa guerra contra nossa natureza egoísta…”
“Render-se não o enfraquece, mas o fortalece…”
“Você não pode cumprir os propósitos de Deus em sua vida enquanto estiver focado em seus planos pessoais…”

Lendo todas essas frases, tenho mesmo é que tomar vergonha na cara. E me render diariamente. A cada dia, ter menos de mim e mais de Deus em minha vida, só assim conseguirei ser plenamente feliz…

“Um dos maiores dons que Deus lhe deu foi a capacidade de apreciar o prazer… O motivo pelo qual você pode sentir prazer é que Deus o fez a sua imagem.”
Esse parágrafo é libertador, porque lembra que nós somos humanos porque Deus quis e nos fez assim. Não somos um erro, não somos um tropeço na criação, nós somos o que há de mais próximo (mesmo muito distante) do Criador. Não devemos ser indiferentes aquilo que sentimos, Deus não nos quer frios, mas pulsantes, a questão é, em que direção essa pulsação deve ser direcionada… “Dar satisfação a Deus, vivendo para o seu prazer, é o primeiro propósito de sua vida”. O que desperta prazer em Deus? O que é belo para ele? O que o toca? Muitas e muitas questões vieram a minha mente nesse momento.
 
Adoração é a resposta.
Mas banalizamos tanto essa palavra que fica difícil pensá-la e sentí-la com intensidade. Eu devo dizê-la umas dez vezes por semana: adoro sushi, adoro essa música, adoro o seu cheiro, adoro… e não adoro nada disso de fato, literalmente. Eu gosto, mas sem tanta profundidade. Como rescuperar o sentido da adoração e direcioná-la a Deus? Como tornar isso um estilo de vida? Honrá-lo nos meus atos e pensamentos é uma forma de demonstrar que eu adoro tudo o que ele é na minha vida e valorizo muito isso. Mas, há sempre um mas, eu sou tão imperfeita sabe?

Eu não só banalizo a palavra adoração, como também a palavra prazer e isso é um grande erro e problema, porque em primeiro plano deve estar o prazer de Deus e não isso que eu considero bom/divertido. Ponto delicado. Talvez por isso tenha demorado tanto para escrever sobre esse capítulo, ele me faz pensar e tocar em um lado muito forte da minha personalidade: o hedonismo. Racionalmente eu sei que o prazer Dele é muito mais importante que o meu, mas e na prática neguinha? Na prática eu sou super apegada a tudo o que me desperta satisfação. 
 
Para eu não desanimar enquanto não alcanço o que considero “ideal”, acalento meu espírito lembrando que  “O coração de Deus não é tocado pela tradição na adoração, mas pelo empenho”. E colocando mais sentimento no que eu faço a cada dia, afinal: ” Tudo o que fizerem, façam com todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens”. Mesmo que, muitas vezes, a minha vontade seja de ligar o automático e fazer por fazer (o que não tem o menor sentido, visto que estou gastando o pouco tempo que tenho com aquilo). Fazendo da minha vida diária uma rotina menos banal, selecionarei melhor minhas “ocupações” e, acredito, utilizarei melhor as oportunidades que Deus me deu. Como a escrita, que hoje está meio truncada…rs
 
Por último, quero me apaixonar perdidamente por esse cara que nos deu a maior prova de amor. Aos poucos, aos poucos… Não… Avassaladoramente.rs

Falando em Amor, ele é importante Pô! Rá!

O sorriso de Deus é o objetivo da minha vida. Essa frase ficou e, ainda, está ecoando dentro de mim. Isso porque, fico imaginando em todas as coisas erradas que já fiz. “Eu não devia ter feito isso, eu não devia ter falado com fulano daquele jeito, eu conheço a Verdade, cresci dentro da Igreja, não posso e nem quero desagradar a Deus…”. Mas aí, com o tempo e com a vida, aprendemos que não basta viver na igreja, o importante é Ser a Igreja. E creio que, por tantas coisas que pensei lendo e relendo esse capítulo, esse texto será um dos mais sinceros e pessoais.

Deus sorri quando o amo acima de qualquer coisa. E eu, admito, amo DEUS, mas várias vezes, Ele não foi TUDO para mim. Deus é amor. Ele não está no amor. Ele é amor, ponto final. Como posso falar que tenho Deus dentro de mim e não tenho amor, é um paradoxo enorme.
Eu já amei muitas pessoas, já deixei de ir aos cultos apenas por birra, já chorei parecendo criança mimada, já lutei por meus singelos ideais, já me des-apaixonei over, and over again por mil e uma pessoas e lugares. Investi em relacionamentos pessoais e profissionais e nada! Isso porque eu achava que tinha que seguir meu coração. Mas, cara, a bíblia fala que o coração do homem é enganoso… Não tenho que deixar minha emoção me guiar, e sim tenho que me entregar a cada novo dia para Deus e deixá-lo no controle de tudo. Respira, solta, tá ficando difícil entender tudo isso… e pra “melhorar” eis o que segue: Deus sorri quando confio nEle completamente!
Lembrei muito da ministração do pastor do Vineyard no domingo em que fui lá. Ele falava sobre mentira… Se eu te disser agora que sempre confiei PLENAMENTE em Deus, estou te contando uma das maiores mentiras do meu mundo! Putz, várias e várias vezes orava pedindo direção a Deus e falando que confiava na palavra dEle e sabia que o melhor de Deus iria se cumprir na minha vida… Aham, dez segundos ou minutos depois, dependendo da minha pressa… Eu simplesmente esquecia dessa oração toda e a-há… ia lá e aprontava mais alguma ou negava tudo o que tinha acabado de orar! “O que agrada a Deus são pessoas que o temem e põem esperança no seu amor”.

Obediência. “Obedecer é melhor do que sacrificar”, pra ser sincera nunca tive muitas problemas em obedecer meus pais, sempre tive muito temor ao que eles me falavam, mesmo que, vez em quando, fizesse umas caras feias pra minha mãe pelas costas e ela me desse um super tapa pra eu aprender a ser sincera e não fazer caretinhas por trás; ou quando meu pai não deixava eu ir para alguma balada ou festinha e eu, revoltada, tacava alguma coisa contra a parede. Acredite, isso já aconteceu… poucas vezes, mas vezes suficientes para eu ver nos olhos dos meus pais o quão tristes eles estavam comigo. Se meu coração, hoje em dia, já dói… só em saber que meus pais se decepcionaram várias vezes, imagina como fico quando lembro todas as coisas que Deus me falava, que eu sentia muito nitidamente no meu coração e eu não fazia absolutamente nada na hora certa… talvez um tempo depois, mas “todo pai sabe que obediência atrasada é na verdade desobediência”. Como Noé, acho que está mais do que na hora de eu começar a “não reclamar ou dar desculpas; confiar em Deus plenamente e fazer Ele sorrir”. Não quero escolher as ordens que quero obedecer, mas sim… obedecer o que sei que Ele quer eu faça: Dar graças a Ele continuamente e começar a tomar vergonha na cara e usar todos os dons que eu sei que Ele me deu para a obra dEle, falta coragem, admito. Tenho medo de fracassar, de não obter sucesso, de não conseguir. Sempre fui contra ficar estagnada, mas às vezes preferia ficar no “lugar seguro” e não investir naquilo que Deus tinha me dado, desde escrever um simples poema até cantar uma linda canção. “Não existem ‘habilidades não-espirituais’, somente habilidades mal-empregadas”…

Preciso confiar mais e fazer Deus dar gargalhadas de emoção com minha vida…

PS: Se alguém ainda entra aqui e lê esse blog… Sim, estamos de volta. É preciso priorizar algumas coisas, priorizei o que eu tinha que fazer e deixei de lado o que gosto de fazer. Talvez seja a hora de conciliar o que tenho que fazer e o que gosto, escrever é uma das coisas que mais me dão prazer… Por isso, vamos que vamos, viver e experimentar coisas novas! O melhor dEle.

“No instante em que você nasceu neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir seu nascimento. Ele quis que você vivesse, e sua chegada lhe deu enorme prazer. Deus não precisava criar você, mas escolheu criá-lo para a satisfação dEle. Você existe para benefício, glória, propósito e prazer de Deus…”.

Enquanto lia esse capítulo  que, para mim, foi um dos mais fantásticos, porque me fez pensar MUITO na questão da adoração e no que é verdadeiramente importante para mim e para Deus. Existe uma música que diz assim: “Eu não posso me calar, tenho adoração em DNA, um adorador por excelência quero ser…”.
E essa música pareceu tão verdadeira para mim. Principalmente depois de eu ler esse capítulo. Deus nos fez para adorá-lo, mas como cumprir esse fantástico propósito?

“Adoração é tão natural quanto comer e respirar”. Quando pequena, nós brincávamos assim, toda vez que alguém falava que adorava alguma coisa, nós éramos repreendidos por alguém mais velho que dizia: “Não, você não adora. Você gosta, gosta muito, mas adorar só a Deus”. E eu cresci com isso dentro de mim, tanto é que nunca adorei imagens ou outras coisas que pudessem representar Deus, mas por vezes me pego falando: “eu adoro o jeito que você sorri”, “adoro estar com você”, “adoro, adoro, adoro”. E não adoro nada disso, nem ninguém. Por isso, creio, que Deus diferencia bem o amar e o adorar. Eu amo a Deus de todo o meu coração, mas será que meus atos expressam isso? Será que eu consigo adorá-Lo em Espírito e em Verdade? Os olhos dEle estão na terra a procurar isso: verdadeiros adoradores. E adorar a Deus é mais do que entoar uma música bonita, uma música que engradece o nome dEle.

Adoração é dar Glória a Deus. Em TUDO o que eu fizer tenho que adorar a Deus. É difícil, mas não impossíve. E isso na teoria sempre é muito mais lindo do que na prática. Mas se fizermos isso com ordem, decência, foco, atenção, disciplina… vamos nos acostumar a glorificar a Deus em tudo. Desde as coisas mais “pequenas” (como agradecer pelo dia que tivemos, pelo alimento, pelos amigos, pelos amores, por Deus ser Deus em nossas vidas), até as coisas mais “sérias e grandes” (agradecer e dar glória a Deus em tudo, mesmo quando estamos tristes, com dor e afins). Por exemplo, é tudo uma questão de ver as coisas por um lado mais otimista, a partir de hoje, ao invés de eu reclamar que estou com dor de cabeça, que meu trabalho está me estressando, eu tentarei melhorar meu dia, ou seja, toda vez que eu quiser reclamar de algo, lembrarei que Deus nunca me dará mais do que posso aguentar. E isso me faz lembrar o capítulo dois, onde está escrito que o trauma, a aflição, a dor ou qualquer outra coisa que me faça querer desmoronar e desfalecer… será algo que vai moldar meu coração e eu sou quem sou por uma razão. O que não me mata, me fortalece e meu passado não me envergonha e sim me faz ter mais e mais orgulho de servir, amar e ter minha vida como plano de adoração a Deus.

No capítulo anterior (A Razão de Tudo), tem uma parte muito interessante que diz assim:
“Mesmo uma humilde formiga dá glória a Deus quando cumpre o propósito para o qual foi criada.
Deus fez as formigas para serem formigas, e fez você para ser você”.

Todo ser que respira louve ao Senhor! Quero ter prazer nisso, em cumprir meu propósito. Em me apaixonar sempre e sempre por Deus. Perdidamente. De pouco em pouco. Avassaladoramente. Que seja! Quero lembrar que para tudo há um tempo certo e um motivo correto… Nada está fora do controle de Deus, nem minha simples e pacata vida.

“Pensando nEle constantemente, permanecerei no Seu amor. Esta é a verdadeira adoração – apaixonar-se por Jesus…”

“A vida é uma viagem, pena eu estar só de passagem” Leminski. Essa foi a primeira coisa que veio na minha cabeça ao pensar o que a vida representa para mim. Tanto é que eu invisto tempo e dinheiro em aproveitar momentos, conhecendo lugares e sabores, muito mais do adquirindo produtos. Mas essa, mais uma vez, não é uma viagem a passeio, mas sim a trabalho, ou melhor, de aprendizado. E é isso que eu tenho de encarar e me preparar a cada dia para tirar o melhor proveito de toda experiência.

Não posso mais gastar meu tempo buscando só os prazeres que cada novo dia reserva, não posso mais ser tão banal, Deus me chama e isso fica muito claro nos detalhes dos meus dias. “…deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês”. Ele hoje falou muito sério comigo através da pregação do pastor da Vineyard. Tendo como foco explicar o que é a igreja (nós), ele contou sobre três milagres que Jesus fez e estão no livro de Lucas (5, 7 e 20, se não me engano). No primeiro Jesus cura um leproso – ou seja, nós como igreja devemos acolher aqueles que são considerados imundos. No segundo, ressucitava o filho de uma viúva – NÓS, COMO MEMBROS DO CORPO DE CRISTO PODEMOS LEVAR A VIDA AQUELES QUE ESTÃO DESACREDITADOS, A FÉ EM CRISTO É MUITO MAIS FORTE DO QUE QUALQUER LAUDO MÉDICO. No terceiro, Jesus cura um soldado que Pedro havia agredido com uma espada – NÓS, AS VEZES, FERIMOS OUTRAS PESSOAS, E, COMO IGREJA DEVEMOS CUIDAR DESSAS FERIDAS, TRATÁ-LAS, SEJA QUAL FOR A ESPADA COM A QUAL AGREDIMOS O PRÓXIMO.

Deus respondeu de forma clara e direta nessa pregação duas questões que estão me deixando aflita e eu fiquei muito sensibilizada e surpresa com isso. Não sei como responderei a esse “empurrão” ainda, só sei que não ficarei parada, que Ele guie os meus passos e me use como seu instrumento. “mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar.”

Nesse capítulo também destaquei duas coisas que me nortearão nessa caminhada: “Os que recebem em confiança algo de valor devem demonstrar que são dignos de tal confiança” e “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes” Além de engolir a seco e relembrar que tudo o que eu tenho vem de Deus, logo não tenho porque me vanglorear, mas sim, agradecer a cada dia pelos dons, oportunidades, relacionamentos e, principalmente, pela vida, que parece, sinceramente, cada vez mais desinteressante “da forma como está”. Eu nunca pensei que diria isso, mas eu preciso de um sentido para viver e não tenho como encontrá-lo sozinha, não há realização individual que me trará isso, por melhor que seja. Os momentos em que eu me sinto mais plena são quando eu exercito o amor e isso nada tem a ver com o corpo.

Os milagres de Deus na minha vida, sempre foram assim, do nada: Ele sempre me surpreendeu de uma forma super positiva! Pois bem, enquanto esperava uma resposta que realmente ia mudar minha vida, eu lia sobre Deus ser minha Razão de Viver, meu TUDO!

Fui feita para minha vida ser um vivo exemplo da glória de Deus na Terra. Até hoje me emociono quando minha mãe conta que quando ela era bem mais nova, antes de casar, uma mulher rogou uma praga/maldição nela, dizendo que ela nunca conceberia nenhuma criança. Ela e meu pai se casaram no dia 25 de janeiro de 1986 e… nove meses depois… Deus foi lá e mais uma vez surpreendeu: “A-há”! Sara, a princesa, estava na parada. Deus me surpreende sempre. Minha vida é um testemunho e carta viva disso. Desde antes de eu nascer, eu já estava nos planos dEle e vinte e poucos anos depois, cá estou contando isso aqui.

Onde está a glória de Deus?
Em tudo o que somos, em tudo o que vemos ao nosso redor, nas pequenas e nas grandes coisas.
“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos”
(Salmo 19:1)

Minha vida, minha casa, meu lar, meu marido, meus pais, o céu, o arco-íris, você, minha família, meu trabalho, minhas palavras, minha voz, o chão onde piso, a comida que me alimenta. TUDO que tenho e sou foi feito para a glória dEle. A obra das mãos de Deus declaram o quão grande Ele é e se eu sou obra dEle preciso honrá-Lo.

“Todo pecado consiste, basicamente, em não dar glória a Deus”, essa parte do livro é pesada, forte, bem forte. Quando pequena, tinha uma música na escola batista que eu estudava em Belo Horizonte, que dizia assim: “Pecado, pecadinho, pecadão… isso não”. Aí cheguei em casa cantando e meu pai me falou: “Filha, pra Deus, não tenha essa de pecado grande ou pequeno”. Aí eu saquei, sabe? Nós temos a mania de classificar pecados. Por exemplo, se eu sou grossa com você, se eu te maltrato, isso não é pecar, mas se você for e me agredir ou matar, ah sim, isso é pecado! Hipocrisia.

“Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele…” (1 João 3:15)
E é difícil entender isso… Se eu não amo o próximo, não dou glória a Deus e assim peco. Se eu não consigo abrir mão de prazeres, vontades e desejos que sei que não são agradáveis aos olhos de Deus, não dou glória a Deus. Se eu não consigo perdoar, não dou glória a Deus. Putz. Ferrou! Tanta coisa que já fiz, já fiquei com ódio mortal de tantas pessoas que me machucaram fisica e emocionalmente…
Mas se eu conseguir entender que preciso liberar perdão para elas, darei glória a Deus e assim aprenderei, aos poucos, a não “pecar” (e por mais que esse conceito seja muito torto nos dias de hoje, para nós, fica claro que a Palavra de Deus não mente e que nossa vida deve ser para louvor de Deus).

“Ao nos orientar para adorá-lo, Deus está nos convidando para apreciá-lo…” (C.S.Lewis)
Sempre achei que adorar a Deus era cantar, louvar e orar. Mas minha vida, meu estilo de vida deve ser uma adoração constante. E isso não é muito fácil, admito. Como adorar e glorificar a Deus em tudo? Eis uma questão que preciso aprender mais e mais.

Tem uma música do Hermes Aquino que é uma das coisas mais bonitas que já ouvi e serviria perfeitamente para embalar esse capítulo, chama-se Nuvem Passageira:  

Preciso, vez em quando, relembrar a leveza dessa música, que por uma coincidência, é trilha sonora de um filme chamado “De passagem”.
 
“Aqui não é seu lar permanente, nem seu destino final. Você só está de passagem, apenas visitando…” Tá, tudo bem, isso não é um grande problema, mas o “… então não fique apegado”, me parte o coração, mesmo. E todos os meus amigos, amores, sabores, a mafalda de toy art, o meu emprego, as matérias que escrevo, os lugares que conheço…? Eu me apaixono por eles sempre que revejo, mesmo odiando vez em quando alguns deles.rs Mas, eu sei, não posso me apegar a isso de uma forma vital porque nem tudo (talvez) eu terei quando viver com Deus (eu ainda não consigo me familiarizar com a idéia de paraíso). “Os que têm um contato frequente com as coisas deste mundo devem usá-las corretamente sem criar apego; pois este mundo e tudo que está nele passarão.” E eu, passarinho 🙂
 
“É fácil esquecer que a vida não consiste em perseguir a felicidade” Ainda mais quando você está em um mundo onde “a gente é obrigado a ser feliz”, literalmente, se não você não se encaixa no padrão “comercial de margarina” de vida, se não você é uma pessoa com problemas, que deve ser excluída e não tem boas energias… A felicidade, mesmo que ninguém saiba o que ela significa de fato, toma o lugar de Deus e é a solução de todos os males do mundo. Eu estava lendo até pouco tempo um livro que contava a história desse conceito e é a modernidade que impõe essa obrigatoriedade, o que me faz questionar: como as pessoas viviam antes? Elas viviam, simples assim, experimentando momentos bons e ruins, como nós, mas não encarando isso pelo ângulo dos livros de auto-ajuda.
 
“Valores eternos, e não temporários, se tornariam fatores determinantes em suas decisões” Sabe quando a gente (milagrosamente) abre mão de um prazer imediato por um bem maior a longo prazo? É isso que eu preciso aprender. A vida não é só o aqui e agora. A minha vida em Cristo não. “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” Amém.

Minha vida na terra não é eterna, Deus me lembra disso a cada dia, mas como abrir mão de tudo que “conquistei aqui”? Tsc, tsc, penso comigo mesma: “Sara, sua cabeçuda, Deus te deu e somente Ele sabe o que é, de fato, melhor ou não para você…”.
Mas se tudo isso aqui é passageiro, é apenas uma viagem… Por que, então, Deus me deixa conseguir e amar tantas coisas e pessoas? Por isso que Deus confia que eu seja extensão dEle aqui na terra! Ele enviou seu único filho, Jesus, para salvar e perdoar todos os meus pecados, cara. Quer mais entrega do que isso? Ou seja, Deus não quer mais nenhum graaaande sacrifício da minha parte, Ele apenas me confiou muitas pessoas e coisas aqui no meu lar temporário, para que eu possa ser e fazer a diferença.

O grande lance é que quase sempre não sei como fazer. Me sinto culpada em não fazer mais; sinto que faço demais e outros fazem de menos e não tenho nada em retorno; sinto tantas coisas, como num tsunami de sentimentos. Mas aí é que devo lembrar o quão amada sou, não preciso me sentir culpada, Deus sabe do jeito como fui criada, a-há! Há coisas que já senti e, acredite, muitas coisas que só eu e Deus sabemos… Por isso, Ele nunca me dará mais do que preciso ou menos do que quero, Ele sempre vai me surpreender, simplesmente porque Ele é O Cara! Deus honra aqueles que O honram e ponto final. E não adianta achar que fulano ou ciclano fez mais ou menos e é mais recompensado do que eu. Não! Eu serei recompensada no tempo certo, mas não com as coisas materias/temporárias e sim no meu lar, no Céu. Sempre fixei minha vida nisso: Deus dá mais do que peço ou imagino, minha vida sempre foi assim, uma surpresa diária e constante. Mesmo quando minha oração não era respondida “na hora que eu queria”.

“O tempo de Deus na minha vida, o tempo de Deus pros meus sentimentos, o tempo de Deus para o milagre, o tempo de Deus vai se cumprir, o tempo de Deus pra minha promessa, o tempo de Deus para minha cura, o tempo de Deus para me exaltar, o tempo de Deus… posso esperar!”

Sou estrangeira tentando conquistar algumas coisas aqui nessa terra, mas não posso me apegar às coisas desse mundo e isso é meio complicado quando crescemos numa sociedade que impõe conceitos passageiros de felicidade. Sou cidadã do céu, minha identidade está na eternidade. Como C.S.Lewis disse, “tudo que não é eterno é eternamente inútil”. A parte do livro que me deixou muito emocionada/pensativa/apreensiva é a que fala sobre atuação do embaixador numa terra inimiga. O embaixador não pode amar mais o país “inimigo” do que sua terra natal. Sou embaixadora de Cristo? O que tenho feito nesse papel? Não é fácil ser diplomata. Não é fácil perder o medo de dizer “não, não quero fazer isso porque isso vai contra aquilo que acredito”; “não farei isso, porque envergonharia meu Pai”; “não posso fazer isso porque Deus me confiou algumas missões aqui na terra e não posso traí-Lo”.

A idéia de abrir mão das coisas temporárias aqui da terra, nunca me agradou tanto quanto nos últimos dias. Preciso entender o propósito dEle na minha vida e, sendo muito sincera, aos poucos vou aprendendo…

“Quando a vida fica difícil e você é subjugado pelas dúvidas, ou quando fica imaginando se viver para Cristo vale o esforço, lembre-se de que você ainda não chegou a casa. Na morte, você não vai abandonar sua casa – você vai para casa. E assim, eu termino esse post com um sorriso no rosto.

Sendo bem sincera eu nunca pensei na eternidade, ou melhor, no paraíso. Acho que durante toda a minha vida eu imaginei muito mais em como seria o inferno e porque eu não queria ir para lá, do que nas maravilhas que me esperam no céu. Sinal amarelo: a religião da culpa e do medo me pegou muito mais forte do que a baseada no amor.

“Você tem o impulso inato de ansiar pela imortalidade” Ai sim eu me reconheço. Apesar de não me achar “digna” de ficar sonhando com paraísos (fora os artificiais), eu sempre fiquei encucada com a questão da finitude da vida. Porque se tudo se resumisse ao tempo que temos aqui, não faria o menor sentido. Mesmo nos meus momentos mais incrédulos eu tinha certeza que algo antes ou depois haveria de ter, sendo em um plano mais evoluído, melhor ainda.

Quando eu disse que esse post seria curto, não é pela “correria da semana”, também vai, mas essencialmente porque eu ainda não tenho uma visão clara do que me espera e sempre tentei andar na linha (na linha tênue do que eu considerava certo e a sociedade aceitava) porque tinha medo do castigo, que sempre vem (ação e reação) quando agimos de forma inconsequente, seja externa ou internamente.

Mas estou tentando inverter a ordem das minhas prioridades e pensamentos, no lugar de ter medo de ser castigada (isso, tenho certeza, vem da minha infância, porque minha mãe era muuuito severa) vou imaginar a vida em graça que me acolherá, se eu for digna, é claro.

Confesso: encarei esse capítulo com muito distanciamento, muito muito muito. O que é uma pena e terei que voltar nele. Os atos dessa vida definem o que eu serei a médio prazo. E a longo, é isso que tenho de aprender.


  • Nenhum
  • Juliana Barduchi: Lindo! Muito abençoador! . ... Meu maior desejo é abandonar minhas “grandes idéias” e saídas, minhas próprias soluções. Para SEMPRE Caminh
  • Sara: Fazer com que o prazer dEle esteja na frente do nosso, é complicado... Mas não impossível, como estamos provando para nós mesmas diariamente! Bjs
  • Sara: Eu entendo, Nathalie! E espero que tanto eu, quanto você e todos os leitores desse blog possam fazer DEUS sorrir com nossos atos. ;) Beijos.

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